Plano Decenal de Expansão de Energia 2026

Período Julho de 2017

​O Plano Decenal de Expansão de Energia 2026 (PDE 2026) é um documento informativo voltado para toda a sociedade, com uma indicação, e não determinação, das perspectivas de expansão futura do setor de energia sob a ótica do Governo no horizonte até 2026. Tal expansão é analisada a partir de uma visão integrada para os diversos energéticos. São resultados do PDE, entre outros: análise da segurança energética do sistema; balanço de oferta e demanda de garantia física; disponibilidade de combustíveis, em particular do gás natural; cronograma dos estudos de inventário de novas bacias hidrográficas; e recursos e necessidades identificados pelo planejador para o atendimento à demanda.

INTRODUÇÃO

Discute os objetivos e a importância do PDE como documento de facilitação de acesso à informação relevante para a tomada de decisões no setor de energia. Apresenta também as bases sob as quais foi elaborado o documento, os desafios em relação à construção de uma visão de futuro, as mudanças promovidas em relação à abordagem dos anos anteriores e fornece um panorama breve dos capítulos.

CAPÍTULO I - PREMISSAS GERAIS

O PDE 2026 trabalha com qual a perspectiva de crescimento da economia? Qual crescimento populacional? O setor de serviços vai liderar o crescimento setorial? No capítulo 1 são apresentadas as premissas gerais do documento, com as perspectivas sociodemográficas, macroeconômicas e setoriais agregadas. Ressalta-se ainda a grande incerteza a respeito da retomada econômica no horizonte decenal, como retratada em discussão do box do capítulo intitulado: “o que levaria a uma retomada mais rápida da economia brasileira?”

CAPÍTULO II - DEMANDA DE ENERGIA

Qual o setor que consome mais energia no horizonte decenal? Qual a fonte que apresenta maior crescimento? Em consonância à trajetória econômica avaliada no PDE 2026, é apresentada, neste capítulo, a evolução de demanda de energia. Na visão setorial, a indústria e o setor de transportes continuam representando mais de 60% do consumo final de energia, mas o setor de transportes perderá a liderança do consumo setorial para a indústria (definição que não inclui o setor energético). São ainda discutidos: a entrada de veículos leves elétricos e híbridos, cenários de sensibilidade de consumo de eletricidade e gás natural e o impacto da evolução tecnológica (geração distribuída, baterias, etc.) no exercício de projeção da demanda conduzido pela EPE.

CAPÍTULO III - GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Qual a expansão da geração elétrica indicada pelo planejamento? Diferentemente dos planos anteriores, a expansão ótima da oferta de energia elétrica do PDE 2026 é obtida por meio da minimização dos custos de investimento e operação do sistema dado um critério de confiabilidade explícito. Para isso é utilizado um modelo computacional de decisão de investimentos (MDI) “clássico”, desenvolvido na própria EPE. Também são realizadas avaliações do atendimento à demanda máxima instantânea e adequação das metas mensais ao atendimento horário. Diferentes análises de sensibilidade em relação ao caso de referência são conduzidas, tais como: redução adicional do custo de investimento da solar fotovoltaica, restrição total de UHE, restrição hídrica no Nordeste. Discussões sobre a necessidade de representação mais granular de recursos nos modelos de planejamento, a questão do atendimento à demanda máxima e a flexibilidade operativa, possíveis efeitos das mudanças climáticas também fazem parte deste Capítulo.

CAPÍTULO IV - TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Como expandir a Rede Básica de transmissão de modo a assegurar aos agentes o livre acesso à rede, condição para criação de um ambiente de competição na geração e na comercialização de energia elétrica no sistema interligado? São apresentadas as expansões das interligações regionais, as interligações dos sistemas isolados ao SIN no horizonte decenal, a situação de interligações, os sistemas de transmissão regionais, a evolução física e o montante estimado de investimentos e a estimativa de evolução da TUST por submercados. Discute-se ainda a importância do planejamento proativo da transmissão e os impactos dos empreendimentos da ABENGOA.

CAPÍTULO V - PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

O Brasil se tornará um importante player nos mercados internacionais de petróleo no horizonte decenal? Neste capítulo, são apresentadas as previsões de produção de petróleo e gás natural, destacando-se a contribuição do pré-sal. Apresentam-se ainda a evolução das reservas provadas, a relação R/P, os investimentos e o excedente de petróleo nos próximos dez anos. Discute-se possível impacto do atraso na entrada de módulos destinados à produção do pré-sal na produção de petróleo e gás natural.

CAPÍTULO VI - ABASTECIMENTO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO

Como evolui o saldo líquido do Balanço dos Principais Derivados de Petróleo? São analisadas as condições de atendimento ao mercado doméstico, ressaltando as necessidades de importação de derivados, as possibilidades de exportação de petróleo, a importância dos investimentos no parque de refino e na infraestrutura logística e a previsão de preços de petróleo com a qual se trabalha no PDE 2026. É discutida ainda uma sensibilidade na demanda de gasolina A. Conclui-se que a proposição de ações e medidas para o setor é imprescindível para o desenvolvimento da nova estrutura do mercado nacional de combustíveis, com ênfase no estímulo à entrada de novos atores no setor e à livre concorrência, em um ambiente regulatório objetivo e claro.

CAPÍTULO VII - OFERTA DE GÁS NATURAL

São apresentados os resultados dos estudos da evolução do balanço de demanda e oferta de gás natural e de sua estrutura no período de 2017 a 2026. Mudanças no marco regulatório advindas da iniciativa Gás para Crescer, principalmente com a entrada de novos agentes e com o aumento de investimentos no setor, podem alterar a dinâmica do mercado regional de gás natural, assim como o acesso do mercado doméstico ao mercado de GNL. Uma interessante análise da malha integrada com conexão das térmicas para atendimento de ponta é também conduzida.

CAPÍTULO VIII - OFERTA DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Qual a visão do PDE 2026 em relação à expansão dos biocombustíveis na matriz energética brasileira? Como as políticas de governo (e.g., Renovabio) e os investimentos esperados no setor tornarão o etanol mais competitivo frente à gasolina? No capítulo, são apresentadas as perspectivas de expansão da oferta de etanol, as projeções de biomassa de cana-de-açúcar para a geração de energia elétrica e de oferta de biodiesel. Além disso, buscando antecipar possíveis ameaças ao abastecimento nacional de combustíveis para os veículos leves, foi realizada uma análise de sensibilidade para a Oferta de Etanol, considerando uma redução na diferenciação tributária entre a gasolina e o etanol.

CAPÍTULO IX - EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

Como os consumidores poderão participar do setor elétrico nos próximos anos? É analisado o efeito da mudança de relação do consumidor com a energia nos últimos anos. O aumento do poder de escolha – uma tendência geral na sociedade – tem se materializado no setor de eletricidade através da popularização das tecnologias de micro e minigeração distribuída. O consumidor, podendo gerar sua própria energia, evolui de uma posição passiva para ativa no setor elétrico. São apresentados os resultados da energia conservada que indicam a diferença entre a projeção do consumo final de energia, incorporando ganhos de eficiência energética, e o consumo de energia que ocorreria caso fossem mantidos os padrões tecnológicos observados no ano base, 2016. É apresentada ainda uma discussão sobre a expansão da Geração Distribuída. Apesar do crescimento recente, essa modalidade de geração ainda é insignificante no Brasil, havendo espaço para se desenvolver muito mais na próxima década.

CAPÍTULO X - ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL

A expansão da oferta de energia atende aos objetivos da NDC? Mantemos a renovabilidade da nossa matriz elétrica? Quais os riscos socioambientais associados à expansão indicada do PDE 2026? São apresentadas as análises considerando questões associadas à minimização dos impactos socioambientais na expansão da oferta de energia e às discussões em âmbito nacional e internacional sobre mudança do clima. A partir de uma análise socioambiental integrada, são indicados os temas socioambientais prioritários para os quais devem ser orientados esforços do setor, de modo a contribuir para a minimização de riscos da expansão. Discutem-se ainda temas como os desafios da expansão hidrelétrica, se é possível ir além, em termos de mitigação de GEE, as emissões de GEE em uma trajetória de maior expansão, entre outros.

CAPÍTULO XI - CONSOLIDAÇÃO DOS RESULTADOS

Apresenta-se um panorama geral dos principais resultados dos estudos do PDE 2026 para referência, destacando-se a evolução da oferta interna de energia e da matriz energética e o conjunto de resultados das projeções, abrangendo as informações de economia e energia, de consumo final energético e de oferta interna de energia. Discutem-se ainda possíveis caminhos flexíveis para a matriz energética.

BIBLIOGRAFIA

Referências Bibliográficas.