Plano Decenal de Expansão de Energia 2029

​O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) é um documento informativo elaborado anualmente pela EPE sob as diretrizes e o apoio das equipes da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE/MME) e da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG/MME).

Seu objetivo primordial é indicar as perspectivas da expansão do setor de energia no horizonte de dez anos, dentro de uma visão integrada para os diversos energéticos. Tal visão permite extrair importantes elementos para o planejamento do setor de energia, com benefícios em termos de aumento de confiabilidade, redução de custos de produção e redução de impactos ambientais.

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INTRODUÇÃO

​Discute os objetivos e a importância do PDE como documento de facilitação de acesso à informação relevante para a tomada de decisões no setor de energia. Apresenta também as bases sob as quais foi elaborado o documento, os desafios em relação à construção de uma visão de futuro, além de fornecer um panorama breve dos capítulos. Por fim, destaca as novidades nesta edição, dentre as quais:  apresentação da evolução da capacidade instalada total, incluindo autoprodução e geração distribuída; discussão sobre requisitos de flexibilidade operativa, dados mais detalhados acerca dos investimentos em transmissão, enfoque especial à geração descentralizada, e análises de sensibilidade para a micro e minigeração distribuída, entre outros.

CAPÍTULO I - PREMISSAS GERAIS

​No capítulo I são apresentadas as premissas gerais do documento, como as perspectivas sociodemográficas, macroeconômicas e setoriais agregadas. Analisam-se ainda quais as condições para um crescimento maior da economia brasileira do que aquele apresentado no estudo no horizonte até 2029.

CAPÍTULO II - DEMANDA DE ENERGIA

​Qual o setor que consumirá mais energia em 2029? Qual a fonte que apresenta maior crescimento no período? Em consonância à trajetória econômica avaliada no PDE 2029, é apresentada a evolução de demanda de energia. Na perspectiva por fonte, a eletricidade, o gás natural e as fontes renováveis ganham maior participação no horizonte. Destaque para uma discussão dos impactos sobre o consumo de gás como resultado do Novo Mercado de Gás Natural e da metodologia de projeção de curvas de carga horárias. São ainda discutidos: perspectivas no consumo de gás natural, comparação entre previsões de carga de energia no SIN com o PDE passado e a abertura do consumo de energia por setor.

CAPÍTULO III - GERAÇÃO CENTRALIZADA DE ENERGIA ELÉTRICA

​Qual a expansão da geração elétrica indicada pelo planejamento? Seguindo a abordagem apresentada nos últimos ciclos, o PDE 2029 apresenta pela primeira vez uma avaliação dos requisitos de flexibilidade operativa, considerando as rampas horárias provenientes de variações da demanda e da produção de recursos não controláveis, como   geração eólica e solar fotovoltaica, para a expansão de referência. Outra importante avaliação é feita em relação a alocação espacial da oferta indicativa, avaliando a relação entre oferta e demanda de cada região e as suas respectivas capacidades de fornecimento e recebimento de energia por meio das interligações regionais. A expansão da oferta é feita para duas alternativas distintas de crescimento. Outra análise relevante consiste na avaliação da atratividade e os efeitos para o sistema elétrico de um montante maior de oferta de gás natural a baixo custo e maior nível de inflexibilidade operativa. Além disso, temas ligados à modernização do setor elétrico brasileiro também são analisados.

CAPÍTULO IV - TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

​Como expandir a Rede Básica de transmissão de modo a assegurar aos agentes o livre acesso à rede, condição para criação de um ambiente de competição na geração e na comercialização de energia elétrica no sistema interligado? São apresentadas as expansões das interligações regionais, as interligações dos sistemas isolados ao SIN no horizonte decenal, a situação de interligações, os sistemas de transmissão regionais, a evolução física e o montante estimado de investimentos e a estimativa de evolução da TUST por submercados. Discutem-se ainda a atualização dos critérios de planejamento, desafios da transmissão, as perspectivas tecnológicas e a modernização do sistema de transmissão associado à UHE Itaipu, e análise dos impactos de empreendimentos atrasados na Região Sul.

CAPÍTULO V - PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

​O Brasil se tornará um importante player nos mercados internacionais de petróleo no horizonte decenal. Neste capítulo, são apresentadas as previsões de produção de petróleo e gás natural, destacando-se a contribuição do pré-sal. Apresentam-se ainda a evolução das reservas provadas, a relação R/P, os investimentos e o excedente de petróleo nos próximos dez anos. Discutem-se ainda o aumento da produção líquida de gás natural,, as incertezas ao custo do gás do pré-sal com presença de CO2 e a sensibilidade para a participação da união no volume excedente da Cessão Onerosa.

CAPÍTULO VI - ABASTECIMENTO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO

​Como evolui o saldo líquido do Balanço dos Principais Derivados de Petróleo? São analisadas as condições de atendimento ao mercado doméstico, ressaltando as necessidades de importação de derivados, as possibilidades de exportação de petróleo, a importância dos investimentos no parque de refino e na infraestrutura logística e a previsão de preços de petróleo com a qual se trabalha no PDE 2029. São também discutidas variações na demanda de gasolina e possível entrada em operação de novas unidades de hidrotratamento.

CAPÍTULO VII - OFERTA DE GÁS NATURAL

​São apresentados os resultados dos estudos da evolução do balanço de demanda e oferta de gás natural e de sua estrutura no horizonte até 2029, com análise específica sobre os efeitos na oferta e na demanda como desdobramento da iniciativa “Novo Mercado de Gás”, na qual a EPE tem exercido papel importante. Discorre-se sobre a infraestrutura existente e em construção. O capítulo apresenta também as perspectivas de preços, da oferta no Brasil, o balanço e a simulação termofluido-hidráulica para a malha integrada, bem como as estimativas de investimentos.

CAPÍTULO VIII - OFERTA DE BIOCOMBUSTÍVEIS

​Qual a perspectiva da expansão dos biocombustíveis na matriz energética brasileira no horizonte decenal? Como as políticas de governo (e.g., Renovabio) e os investimentos esperados no setor tornarão o etanol mais competitivo frente à gasolina? No capítulo, são apresentadas as perspectivas de expansão da oferta de etanol, as projeções de biomassa de cana-de-açúcar para a geração de energia elétrica e de oferta de biodiesel. 

CAPÍTULO IX – EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E RECURSOS ENERGÉTICOS DISTRIBUÍDOS

​Neste capítulo são apresentados os resultados da energia conservada que indicam a diferença entre a projeção do consumo final de energia, incorporando ganhos de eficiência energética, e o consumo de energia que ocorreria caso fossem mantidos os padrões tecnológicos observados no ano base. Em relação à Micro e a Minigeração Distribuída, ainda que se considerem algumas alterações na regulamentação, como a aplicação de tarifa binômia, a sua expansão será significativa no horizonte até 2029. Além disso, é feita pela primeira vez uma análise de viabilidade de investimentos em baterias atrás do medidor. No entanto, os fracos sinais econômicos horários e o elevado custo dos equipamentos apontam para a baixa viabilidade nesse investimento, indicando uma entrada marginal de baterias no horizonte do PDE 2029, caso não ocorra uma queda de custos mais significativa. Por fim, com o intuito de construir um ambiente de mercado mais sustentável e que leve a maior eficiência nos investimentos em RED, a EPE propôs um desenho com alguns pilares, composto de (i) isonomia entre recursos centralizados e RED; (ii) mercados de capacidade e serviços ancilares; (iii) tarifas binômias e dinâmicas; (iv) abertura do mercado livre; (v) preços horários e nodais no atacado; (vi) presença de agregadores e (vii) disseminação de medidores inteligentes.


CAPÍTULO X - ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL

​A expansão da oferta de energia atende aos objetivos da NDC? Mantemos a renovabilidade da nossa matriz elétrica? Quais os riscos socioambientais associados à expansão indicada do PDE? São apresentadas as análises considerando questões associadas à minimização dos impactos socioambientais na expansão da oferta de energia e às discussões em âmbito nacional e internacional sobre mudança do clima. A partir de uma análise socioambiental integrada, são indicados os temas socioambientais prioritários para os quais devem ser orientados esforços do setor, de modo a contribuir para a minimização de riscos da expansão. Discutem-se ainda temas como os estudos de inventário hidrelétrico participativos, os desafios que permeiam questões socioambientais associadas ao setor de petróleo e gás natural, o planejamento energético e a diversidade dos povos indígenas, o potencial hidrelétrico brasileiro e a relação com as áreas protegidas e a importância dos biocombustíveis.

CAPÍTULO XI - CONSOLIDAÇÃO DOS RESULTADOS

​Apresenta-se um panorama geral dos principais resultados dos estudos do PDE 2029 para referência, destacando-se a evolução da oferta interna de energia e da matriz energética e o conjunto de resultados das projeções, abrangendo as informações de economia e energia, de consumo final energético e de oferta interna de energia. Destaca-se a apresentação da evolução da capacidade instalada total no Brasil, incluindo autoprodução e geração distribuída. São apresentados os principais resultados do plano em termos de expansão física, investimentos associados, elencos dos projetos hidrelétricos disponibilizados ao PDE 2029 e a projeção da matriz energética nacional no ano de 2029.

CAPÍTULO XII - INTEGRAÇÃO DOS SETORES DE GÁS NATURAL , ELÉTRICO E INDUSTRIAL

​Neste capítulo são apresentadas as perspectivas de demanda (termelétrica e não termelétrica) de gás natural, a evolução da oferta e logística e os desdobramentos sobre a matriz energética decorrentes do sucesso das medidas do NMG em conferir ao gás natural mais competitividade em relação aos demais energéticos. 

BIBLIOGRAFIA

​Referências Bibliográficas.