O consumo nacional de eletricidade expandiu em setembro de 2021, registrando 41.636 GWh, o maior valor para o mês em toda a série histórica, desde 2004. A taxa mensal apontou elevação de 3,4% em relação a setembro de 2020. O comércio, com desempenho relevante, puxou a expansão, seguido pelas residências. O consumo acumulado em 12 meses totalizou 498.641 GWh, expansão de 5,5% comparada ao período anterior.
O consumo na indústria (+1,6%) expande na comparação com igual período de 2020, registrando 14.883 GWh, o maior para setembro desde 2014. O Sudeste (+4,6%) foi a região geográfica que apresentou a maior taxa de expansão do consumo industrial no mês. Entre os estados, destaque para Alagoas (+104,4%), alavancado pelo efeito base no setor químico. Sete dos dez segmentos mais eletrointensivos da indústria aumentaram o consumo em setembro, em comparação com igual período de 2020. Destaque para metalurgia (+136 GWh), impulsionada principalmente por alumínio primário no Norte; e fabricação de produtos químicos (+114 GWh), com maior expansão principalmente no Sudeste e no Sul.
O consumo de energia elétrica da classe comercial (7.278 GWh) apresentou aumento de 9,2% em setembro de 2021, o maior valor para o mês desde 2004. A recuperação do setor de serviços no Brasil tem contribuído para o bom desempenho do consumo de eletricidade da classe. O ritmo acelerado da vacinação no país e o aumento da mobilidade urbana influenciaram na melhora do setor de serviços, principalmente nos serviços prestados às famílias. O clima mais seco e temperaturas mais elevadas para setembro também influenciaram, em menor parte, o comportamento da classe. Todas as regiões registraram crescimento no consumo da classe. A região Nordeste (+10,9%) continua com a maior taxa de expansão do consumo comercial no mês, seguida por Sudeste (+10,4%), Sul (+8,7%), Norte (+5,3%) e Centro-Oeste (+2,9%). Entre as Unidades da Federação, as maiores taxas de consumo da classe no país foram registradas em Minas Gerais (+28,3%) e Amapá (+26,6%). Enquanto isso; Rondônia (-1,9%), Rio de Janeiro (-0,4%), Mato Grosso do Sul (-9,0%) e Goiás (-7,2%) foram os únicos que tiveram queda do consumo.
A classe residencial (+3,0%) voltou a registrar expansão no consumo de energia elétrica atingindo 12.609 GWh, após dois meses seguidos de retração. Temperaturas acima da média e clima mais seco em grande parte do território nacional puxaram o crescimento do consumo de eletricidade das residências do país em setembro de 2021. As regiões Centro-Oeste (+7,8%), Norte (+5,2%), Nordeste (+4,0%) e Sudeste (+3,9%) apresentaram elevação no consumo de eletricidade da classe. Somente, o Sul (-4,8%) registrou encolhimento do consumo. Os maiores destaques no crescimento das taxas de consumo da classe foram nos estados do Amapá (+32,9%), Roraima (+20,5%) e Minas Gerais (+10,8%).
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou alta de 6,6% no consumo no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica expandiu 1,5%.
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