Relatório “Expansão da Capacidade de Transmissão da Região Norte de Minas Gerais”

O Relatório R1 EPE-DEE-RE-064/2020-rev0 recomenda reforços estruturais que ampliarão a capacidade de transmissão de energia do Sistema Interligado Nacional – SIN desde a região Norte do estado de Minas Gerais até os principais centros de carga da região Sudeste.

A expansão proposta contempla duas etapas de implantação. A primeira, com possibilidade de ser objeto de licitação a partir do Leilão de Transmissão de Junho de 2022, tem caráter determinativo, com impacto sistêmico. Visa reforçar a capacidade de transmissão da região Norte de Minas Gerais, a partir do trecho final da interligação Nordeste-Sudeste, até os principais centros de carga da região Sudeste, representando, também, uma importante ampliação da infraestrutura regional, a qual favorecerá o desenvolvimento socioeconômico do Norte de Minas Gerais, possibilitando maior capacidade de escoamento para projetos de geração renovável. Essa ampliação, associada à expansão adicional da interligação Nordeste-Sudeste, objeto de estudo a ser desenvolvido em 2021 pela EPE, possibilitará também atender ao crescimento da demanda e à integração ao SIN dos parques geradores localizados na região Nordeste.

A segunda etapa, prevista inicialmente para o ano 2031, tem caráter indicativo e é passível de revisão, ficando atrelada à evolução do sistema de transmissão e de geração tanto da região Nordeste quanto da região Norte de Minas Gerais, que a partir de determinado patamar requisitará instalações adicionais de transmissão de energia para atender ao aumento da demanda de energia elétrica bem como para integrar ao SIN a expansão prevista do parque gerador regional. 

As instalações recomendadas na primeira etapa têm um custo de investimento total da ordem de R$ 6,5 bilhões, referentes a aproximadamente 2.360 km de novas linhas de transmissão, novas subestações ou expansões de subestações existentes. Nessa primeira etapa são também recomendados reforços na rede de distribuição, correspondentes a 56 km de novas linhas de distribuição em 138 kV e duas novas subestações 138 kV seccionadoras, com custo de investimento total de aproximadamente R$ 102 milhões. 

O presente estudo traz ainda uma inovação, que é a consideração da geração distribuída fotovoltaica nas simulações. Este é o primeiro estudo de transmissão realizado na EPE que modela explicitamente esse tipo de fonte, visando garantir a expansão harmonizada da Rede Básica com o sistema de distribuição local de alta tensão considerando os reflexos desse tipo de geração.

As análises socioambientais efetuadas para a alternativa vencedora são apresentadas na Nota Técnica EPE-DEA-SMA 009/2020, a qual encontra-se anexa ao documento.