Fact-Sheet Consumo Residencial de Energia por Classes de Renda

​Para o planejamento da expansão da oferta de energia de um país, é preciso identificar as necessidades energéticas dos seus setores demandantes, incluindo o consumo dos segmentos produtivos e das famílias em relação aos diversos serviços energéticos por eles demandados. Quanto melhor o diagnóstico da situação atual, ou seja, quanto mais e melhor se conhece a demanda energética dos diferentes extratos de consumo, mais subsídios se tem para a elaboração de um planejamento energético cada vez mais adequado às reais necessidades da sociedade, contemplando ações e indicações de políticas públicas mais bem direcionadas.

O consumo de energia elétrica do setor residencial brasileiro reflete a grande desigualdade que marca historicamente o país. Para se ter uma ideia, estima-se um consumo residencial per capita anual variando de 371 KWh para a classe de menor renda (equivalente ao consumo residencial per capita do Marrocos) até 2.221 KWh (equivalente ao consumo residencial per capita do Japão) para a classe de maior rendimento em 2019, com 58% da demanda residencial de eletricidade no ano concentrada nas quatro faixas de menor renda (de até 5 salários-mínimos), que juntas representavam cerca de 78% dos domicílios nacionais em 2019.

A avaliação adicional do Índice de Gini Elétrico do setor residencial permitiu mensurar a evolução anual da desigualdade do consumo de eletricidade brasileiro pelos extratos de renda no período de 2005 até 2019, como pode ser constatado no documento abaixo.

Ouça também o podcast elaborado especialmente para essa publicação.