Os estudos de demanda deste Caderno foram balizados por três cenários econômicos, descritos no Caderno de Economia - Número 1, publicado em fevereiro de 2018: referência e alternativos inferior e superior.
Entre as perspectivas setoriais, um segmento industrial com grande destaque nos três cenários é o de celulose, mas seu impacto no consumo na rede é baixo, pois tem alto potencial de autoprodução a partir da lixívia.
Não há perspectiva de aumento da capacidade instalada de alumínio primário, mas a retomada parcial da utilização da capacidade instalada atual prevista nos três cenários gera grande impacto no consumo de eletricidade na rede.
Após um período de estagnação do consumo brasileiro de eletricidade na rede, que em 2017 chegou a nível semelhante ao de 2013, espera-que cresça à taxa de 3,6% anuais até 2032.
No cenário alternativo inferior, espera-se um ritmo de crescimento da atividade econômica mais lento, mas ainda assim o consumo na rede tem incremento de 3,1% anuais.
Já no cenário alternativo superior, a economia mais aquecida mostra maior necessidade de eletricidade, refletida na taxa de 3,9% ao ano do consumo na rede.
No que se refere ao comportamento da elasticidade-renda da economia brasileira, espera-se que, para níveis inferiores de incremento do PIB, sejam atingidos níveis superiores deste indicador e, quanto maior o crescimento da economia, observem-se valores menores da elasticidade-renda. Esta expectativa é refletida nos resultados atingidos para os três cenários adotados neste estudo: referência (elasticidade-renda de 1,23) e alternativos inferior (1,44) e superior (1,13).
Os diferentes cenários também refletem incrementos distintos para a expansão da carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para os próximos 15 anos, espera-se que haja uma expansão média anual de 2,9 GWmédios no cenário de referência, enquanto nos cenários alternativos inferior e superior há incrementos de 2,6 e 3,2 GWmédios anuais, respectivamente.