Brazilian Oil & Gas Report

​O Brazilian Oil & Gas Report, publicado anualmente, busca acompanhar os últimos fatos relevantes e apresentar as tendências da indústria de óleo e gás brasileira.

O relatório discute as flutuações de preços, a produção, o comércio e a demanda no setor de óleo e gás no Brasil, com o objetivo de reduzir a assimetria de informações para promover políticas públicas eficazes.

Brazilian Oil & Gas Report 2022/2023

A segunda parte de 2022 foi marcada por uma significativa volatilidade de preços, influenciada por uma combinação de fatores externos e internos. A despeito disso, a demanda de combustíveis continuou a crescer, alinhada com o retorno do crescimento econômico enquanto a economia se normalizava após a pandemia de Covid-19. Atividades de Exploração & Produção (E&P) obtiveram elevação nos níveis de investimento, causadas por incentivos econômicos e regulatórios. Os setores de mid- e downstream também observaram entradas de capital para garantia de oferta e de logística devido ao crescimento da demanda. A formação de preços ganhou visibilidade, especialmente como resultado de mudanças tributárias e no programa governamental RenovaBio.

No início de 2023, mudanças significativas ocorreram. Tributos em derivados de petróleo, que tinham sido reduzidos ou suspensos sob a justificativa de gerenciar a inflação (oriunda de preços internacionais de petróleo consistentemente altos), foram gradualmente retomados ao longo do ano. Outra mudança foi a nova política de preços da Petrobras. A companhia manteve o alinhamento com preços internacionais, mas introduziu algumas considerações a respeito de seus custos domésticos na fórmula de cálculo, tal como o custo de oportunidade dos combustíveis. A política de preços de gás natural também foi modificada. A companhia também fez mudanças em sua estratégia à respeito da transição energética, de sua participação no downstream e sobre seu programa de desinvestimentos. O objetivo passou a ser a diversificação de seus investimentos e escopo ao invés do foco em petróleo e na produção de seus principais campos. Por fim, houve também uma rodada importante de licitação, o 1º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção e um novo recorde doméstico de produção foi atingido na primeira metade de 2023.


Brazilian Oil & Gas Report 2021/2022

A pandemia de Covid-19 teve um impacto considerável na demanda brasileira de petróleo e gás, afetando os investimentos no setor. Contudo, a economia vem se recuperando, com a demanda chegando próxima aos picos anteriores, e até ultrapassando-o, no caso das vendas de óleo diesel.

Os preços do petróleo e de seus derivados tiveram grande apreciação na primeira metade do ano de 2022, principalmente em função do conflito em andamento entre Rússia e Ucrânia, mas também devido ao crescimento da demanda global acima dos valores que eram projetados. No mercado doméstico, os preços de combustíveis tiveram altas significativas. O óleo diesel de baixo teor de enxofre (S-10) teve o maior aumento, de 42%, enquanto a gasolina teve alta de 8%, e o gás liquefeito de petróleo (GLP) subiu 10%, em valores médios.

Os setores de midstream e downstream também têm passado por mudanças significativas. Embora os processos de desinvestimento de refinarias da Petrobras tenham sofrido atraso no cronograma em função da pandemia, obstáculos regulatórios foram superados, permitindo a conclusão de venda de quatro das oito refinarias postas à venda. Espera-se que esses desinvestimentos estimulem outros agentes do mercado a realizarem investimentos nessas refinarias, bem como em terminais aquaviários, oleodutos e a integração com o modo ferroviário. Esse investimento ajudará o Brasil a garantir o abastecimento frente ao aumento da demanda projetada para combustíveis.

O setor de gás natural passa por uma transformação estrutural, e evoluiu consideravelmente após a promulgação da Nova Lei do Gás. As empresas começaram a se tornar operadoras e a diversificar suas atividades e investimentos. Isso é principalmente devido ao avanço nas discussões sobre o acesso de terceiros a instalações essenciais, o que estimulará a concorrência e mais investimentos.


Brazilian Oil & Gas Report 2020/2021

A pandemia de Covid-19 teve um impacto considerável na demanda brasileira de petróleo e gás, afetando os investimentos no setor. No entanto, a economia vem se recuperando, com a demanda chegando próxima aos picos anteriores, mesmo com o transporte aéreo e a mobilidade ainda defasados.

A produção nacional de petróleo e gás ainda não recuperou os picos anteriores, mas novos FPSOs já estão sendo desenvolvidos e diversos receberam FIDs recentemente. A Petrobras e outras majors estão anunciando investimentos recordes nos campos do pré-sal, apesar de investimentos em outros países ainda não terem se recuperado. Melhorias no processo licitatório, ativos competitivos, projetos resilientes, recursos de classe mundial e segurança jurídica permitiram ao Brasil considerar novas rodadas de licenciamento. Diante desses desdobramentos, a EPE projeta um crescimento considerável, com produção do país estimada em 5,2 milhões de b/d de óleo e 1,6 milhão de boe/d de gás natural em 2030.

O mercado de gás natural passa por um processo de abertura que atrai cada vez mais concorrência, players e novos investimentos. Novas empresas passaram a operar e diversificar suas atividades, e o acesso de terceiros também se tornou mais amplo, permitindo que mais empresas utilizem a infraestrutura da Petrobras, o que por sua vez estimula mais oferta, promovendo mais demanda. Combinado com as importações de GNL se tornando mais relevantes e os dutos do pré-sal permitindo que mais gás natural chegue às costas do Brasil, o mercado tende a aumentar em tamanho e eficiência. O setor de refino também está se tornando menos concentrado, com a Petrobras concluindo a venda de duas das oito refinarias colocadas à venda. Estas transações devem contribuir para acelerar as melhorias no refino brasileiro, gerando mais investimentos.

Brazilian Oil & Gas Report 2019/2020

Apesar de um ambiente desafiador, a indústria brasileira de óleo e gás continua se consolidando para realizar seu potencial de se tornar um dos principais players no mercado global. A eclosão da pandemia de Covid-19 reduziu as expectativas sobre o setor no Brasil temporariamente. No entanto, custos de desenvolvimento relativamente baixos, e o interesse global nos barris médio-azedos, e no óleo combustível de baixo teor de enxofre produzido a partir das correntes do pré-sal, permitiram ao País rapidamente aumentar sua produção, permitindo a quebra de novos recordes no upstream.

O midstream do País também passou por mudanças significativas ao longo dos últimos doze meses. A Petrobras, após acordo com o Cade, procedeu com a venda de metade de sua capacidade de refino e parte de sua infraestrutura de gás natural. O Novo Mercado de Gás e esses desinvestimentos estão promovendo um mercado mais diversificado e competitivo, tanto para gás natural, como para derivados de petróleo. A pandemia atingiu a demanda de combustível e gás de maneira particularmente intensa. Mas a demanda se recuperou com relativa rapidez, incialmente devido ao aumente das exportações de commodities, que estimulou a demanda por diesel. Posteriormente, a atividade econômica se recuperou parcialmente, e deve continuar a recuperação ao longo de 2021. O presente relatório apresenta uma visão geral da indústria de petróleo e gás natural no Brasil nos últimos meses. O documento aborda questões acerca do upstream e do downstream, incluindo rodadas de concessões e de partilha, produção em campos maduros, investimentos, iniciativas governamentais e projetos de infraestrutura.

Brazilian Oil & Gas Report 2018/2019

​O Brasil está se consolidando como um dos principais atores da indústria petrolífera mundial. A produção doméstica de petróleo e gás natural atingiu novo recorde a partir do desenvolvimento do Pré-sal.

Uma série de medidas tomadas pelo Governo Federal elevaram a atratividade do upstream brasileiro, e promoveram o aumento dos investimentos na produção petrolífera. Isso contribuiu para a aceleração do desenvolvimento de novos campos. No downstream, o objetivo consiste em elucidar os entraves que inibem investimentos, aumentar a concorrência e sanar possíveis gargalos ao crescimento do Brasil.