O consumo de energia elétrica no
Brasil totalizou 37.715 GWh em julho, representando recuo de 1,5% sobre igual
mês de 2019, a menor queda em relação aos últimos três meses. A redução no
consumo foi puxada pelas classes industrial e principalmente a comercial que
continuaram impactadas pelos efeitos do distanciamento social imposto pela
COVID-19. O consumo acumulado em 12 meses alcançou 470.645 GWh, registrando uma variação negativa de 1,8%.
Diferente de junho onde todas as
regiões do país apresentaram retração no consumo de eletricidade, em julho as
regiões Norte (+2,7%) e Centro-Oeste (+0,1%) registraram taxas positivas em
relação ao mesmo mês de 2019. Já o Sudeste (-1,9%), o Sul (-2,1%) e o Nordeste
(-2,5%) continuaram assinalando quedas no consumo de energia elétrica no mês.
A classe Industrial (-1,6%) assinalou
em julho uma taxa negativa mais suave em relação aos últimos meses, puxada
pelos recuos das regiões Sul (-3,9%), Nordeste (-2,4%) e Sudeste (-2,2%). Em
relação aos ramos industriais, as reduções mais significativas no consumo
industrial em julho ocorreram nos setores automotivos (-24,3%) e têxtil (-14,0%).
No mesmo sentido, a classe
Comercial continuou em julho fortemente impactada pelo distanciamento social
imposto pela COVID-19, anotando retração de 14,2% com redução generalizada do
consumo entre as regiões do país.
Por sua vez, o consumo
Residencial cresceu 6,6% em julho, exibindo a maior alta no ano. As regiões Sul
(+8,8%) e Sudeste (+6,6%) tiveram importante contribuição para esse resultado, crescendo
bem acima da média dos últimos 12 meses (+3,4% e +0,3% respectivamente).
Quanto às modalidades de
contratação de energia, o destaque fica por conta do mercado dos consumidores
livres, que em julho avançou 1,5%. Já o mercado cativo decresceu 3,2%, queda
inferior da observada em junho.
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