O consumo nacional de energia elétrica foi de 42.476 GWh, em outubro de 2022, estável (-0,3%) em comparação com mesmo mês de 2021. Indústrias (+0,9%) e residências (+0,6%) registram expansão no consumo de eletricidade na comparação interanual. Já o consumo no comércio permaneceu estável (-0,1%), enquanto outros consumos (-4,7%) retraíram no mesmo período. No acumulado em 12 meses o consumo nacional registrou 507.226 GWh, alta de 1,2% em comparação ao período imediatamente anterior.
A classe Industrial consumiu 15.686 GWh, em outubro de 2022, expansão de 0,9% em relação a outubro de 2021. As regiões Nordeste (+11,3%) e Norte (+5,9%) puxaram o consumo de eletricidade da classe. Por outro lado, o Sul (-1,9%), o Sudeste (-1,1%) e o Centro-Oeste (-1,1%) reduziram seus consumos. A elevação no consumo de eletricidade em outubro na indústria foi disseminada entre seus principais segmentos, com sete dos dez ramos mais eletrointensivos com alta na comparação interanual. Metalurgia (+196 GWh; +5,2%) liderou o crescimento, com expansão puxada pela cadeia do alumínio primário no Maranhão, principalmente, e no Pará. Porém, a queda na produção siderúrgica nacional atenuou a alta no consumo de eletricidade na metalurgia. Também se destacaram: a fabricação de produtos alimentícios (+68 GWh; +3,5%), onde as altas nas exportações podem ter contribuído para o resultado. Carne bovina (+173,5%), Açúcares e melaços (+90,6%) e Farelos de soja e outros alimentos para animais (+69,1%) elevaram as vendas, segundo dados do Siscomex; e a fabricação de papel e celulose (+50 GWh; +6,8%). Por outro lado, a fabricação de produtos têxteis (-28 GWh; -4,7%) e de produtos minerais não-metálicos (-39 GWh; -3,1%) apresentaram as maiores quedas no consumo de eletricidade, entre os mais eletrointensivos da indústria.
O consumo de energia elétrica das residências do País foi de 12.608 GWh, em outubro de 2022, crescimento de 0,6% em comparação ao mesmo mês de 2021. Temperaturas acima da média climatológica nas regiões Norte (+8,7%) e Sul (+3,1%) puxaram a elevação da taxa. Enquanto isso, o Centro-Oeste (-3,5%) e o Nordeste (-1,0%), afetados por temperaturas mais amenas, atenuaram o crescimento do consumo. Já o Sudeste (0,0%), ficou estável. Entre os Estados, os maiores acréscimos da taxa ocorreram em Tocantins (+15,2%), Roraima (+12,7%), Pará (+11,0%), Maranhão (+9,3%) e Piauí (+8,2%). Um programa de redução de perdas aplicado pela distribuidora local do Maranhão e Pará continua impactando de forma positiva o consumo nesses Estados. Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-15,2%), Rio Grande do Norte (-6,6%), Mato Grosso (-6,0%), Paraíba (-5,4%), Pernambuco (-5,1%), Rio de Janeiro (-4,8%) e Bahia (-4,5%) tiveram retração do consumo.
A classe comercial registrou 7.483 GWh de consumo de eletricidade no mês de outubro desse ano, estabilidade (-0,1%) em relação a outubro de 2021. As regiões Norte (+7,0%), Centro-Oeste (+1,9%) e Sul (+1,2%) apresentaram crescimento do consumo da classe. Em contrapartida, o Nordeste (-2,5%) e Sudeste (-0,9%) anotaram queda do consumo. Entre as Unidades da Federação, os maiores destaques foram: Mato Grosso do Sul (+14,9%), Tocantins (+13,4%), Roraima (+12,3%), Pará (+9,3%) e Minas Gerais (+8,0%). Enquanto isso, Maranhão (-11,1%), Rio Grande do Norte (-5,5%), Mato Grosso (-5,4%) e Paraíba (-5,0%) foram os que tiveram as maiores retrações do consumo. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), o setor de serviços cresceu 9,7% em setembro desse ano, em comparação ao mesmo mês do ano passado. E o setor de vendas varejo (PMC/IBGE) avançou 3,2% no mesmo período. Embora os resultados de outubro da PMC e PMS ainda não estejam disponíveis, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM/FGV IBRE) teve no mês de outubro recuo de 3,8 pontos em relação a setembro. Já, o Índice de Confiança de Serviços (ICS/FGV IBRE) caiu 2,6 pontos em outubro em relação a setembro.
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou crescimento de 4,2% no consumo do mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica encolheu 3,1%.
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