Publicado em 8 de maio de 2025

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) participou, no dia 5 de maio, como conferencista do simpósio “Inovação Energética: Rumo a um Futuro Sustentável”, promovido pela Escola Superior de Guerra (ESG). O evento integra a programação do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE 2025), que reúne representantes civis e militares do Brasil e de nações amigas para debater temas estratégicos nacionais.
Representando a EPE, o assessor da presidência Gustavo Naciff de Andrade apresentou os principais avanços e desafios do setor energético brasileiro, com ênfase no papel do planejamento energético como função de Estado e alicerce para garantir segurança, desenvolvimento sustentável e justiça energética no contexto da transição energética.
Durante a apresentação, destacou-se o ponto de partida privilegiado do Brasil: uma matriz energética altamente renovável e com baixa intensidade de emissões, fruto de políticas públicas consistentes e da expansão de fontes como a solar e a eólica. Ainda assim, o processo de transição apresenta desafios relevantes, como o atendimento a novas cargas energointensivas (como data centers e plantas de hidrogênio), a ampliação do acesso à energia, a redução das desigualdades e o financiamento da inovação.
Também foram abordadas as transformações em curso nas cadeias globais de valor da energia e as oportunidades estratégicas que se abrem para o Brasil, especialmente pela disponibilidade de recursos naturais e pelo potencial de expansão em setores-chave como hidrogênio, biocombustíveis e minerais críticos.
Ao citar referências da Agência Internacional de Energia (IEA), da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) e da declaração dos líderes do G20, Gustavo reforçou que o planejamento energético vem sendo reconhecido internacionalmente como peça central para viabilizar a transição energética, atrair investimentos e reduzir riscos. Finalizou ressaltando que a transição é um processo contínuo, e que o fortalecimento institucional da capacidade de planejar será cada vez mais decisivo para o futuro energético do país.

