O consumo nacional de eletricidade em novembro foi 41.940 GWh, o maior valor para o mês em toda a série histórica, desde 2004. O consumo avançou 1,4% em comparação com mesmo período de 2020, revertendo a retração apresentada no mês de outubro. O comércio e a indústria tiveram um bom desempenho e puxaram a expansão. O consumo acumulado em 12 meses totalizou 499.361 GWh, crescimento de 5,3% comparado ao período anterior.
O consumo de eletricidade na indústria expande 3,9% no mês, em comparação com igual período de 2020, registrando 15.357 GWh, o maior para novembro desde 2014. À exceção do Sul (+0,1%) em estabilidade, todas as regiões geográficas apresentaram crescimento do consumo industrial, com destaque para Nordeste (+8,2%) e Norte (+8,0%) que anotaram as maiores expansões, seguidos por Sudeste (+3,7%) e Centro-Oeste (+3,6%). Entre os estados, Alagoas (+34,4%) ainda se destaca com a maior taxa, devido o efeito base baixa no setor químico. Oito dos dez segmentos mais eletrointensivos da indústria aumentaram o consumo em novembro de 2021, comparado com 2020. Lideraram a expansão: metalurgia (+253 GWh); extração de minerais metálicos (+133 GWh), alavancada pela rotomada da atividade em em Minas Gerais e Espirito Santo; produtos alimentícios (+122 GWh); produtos químicos (+89 GWh) e Papel e Celulose (+85 GWh). O aumento no volume das exportações da Indústria de Transformação contribuem, em parte, para os resultados. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, os principais produtos exportados pelo setor no mês foram carnes de aves, veículos para transporte de mercadorias e celuloses. Também houve crescimento nas exportações de produtos siderúrgicos. Paradas programadas e não programadas em alguns grandes consumidores industriais durante o mês de novembro, também interferiram no resultado de alguns setores como: produtos químico, limitando a expansão do consumo no mês; e papel e celulose, que comprou mais energia do sistema interligado.
O consumo de energia elétrica da classe comercial foi de 7.549 GWh, representando um crescimento de 5,6% em novembro de 2021 em relação à novembro de 2020. O setor de vendas do varejo, impulsionado pela Black Friday durante o mês de novembro, e o setor de serviços prestados às famílias, em especial alojamento e alimentação, contribuíram para o aumento do consumo de energia elétrica da classe. O avanço da vacinação contra a COVID-19 no País tem impactado na melhora do desempenho. Todas as regiões registraram crescimento no consumo da classe. A região Nordeste (+12,2%) foi a que registrou a maior expansão, seguida pela região Sul (+7,6%), Norte (+4,6%), Sudeste (+3,7%) e Centro-Oeste (+1,2%). Entre as Unidades da Federação, as maiores taxas de consumo da classe no país foram registradas no Amapá (+33,1%), Bahia (+20,5%), Rio Grande do Norte (+19,8%) e Rio Grande do Sul (+18,1%). Por outro lado, Rondônia (-8,3%), Mato Grosso (-7,1%), Acre (-6,6%), Rio de Janeiro (-4,1%) e Mato Grosso do Sul (-1,1%) foram os únicos estados que registraram retração no consumo.
O consumo de energia elétrica da classe residencial caiu 3,1% em novembro desse ano comparado ao mesmo mês do ano anterior, registrando 12.386 GWh. As regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste foram afetadas por temperaturas mais amenas e maior volume de chuvas, contribuíndo para a queda do consumo das residências em novembro de 2021. O Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica do governo federal e a adoção da Bandeira Tarifária Escassez Hídrica, em vigor desde setembro, também podem ter influenciado a redução do consumo de energia elétrica na classe. A região Centro-Oeste (-6,6%) foi a que teve o maior encolhimento do consumo. Seguida do Sudeste (-5,4%), Nordeste (-0,6%) e por último, o Sul (-0,3%). Porém, se for considerado o ajuste pelo ciclo de faturamento das distribuidoras da região, o consumo teria sido ligeiramente positivo no Sul (+0,6%). Já, a região Norte (+3,6%) foi a única que apresentou aumento do consumo. Os estados que apresentaram as maiores quedas foram: Mato Grosso (-16,6%) e Rio de Janeiro (-10,4%). Já, as maiores taxas de expansão de consumo foram registradas em Roraima (+23,9%) e no Amapá (+22,6%). O Amapá, ficou sob o efeito base baixa em função do apagão ocorrido em novembro do ano passado.
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou alta de 8,2% no consumo no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica retraiu 2,5%.
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