O quarto número do Boletim de Conjuntura da indústria do Petróleo apresenta o panorama da Rússia. Atualmente, maior exportador mundial de petróleo e de gás natural, e detentor da maior reserva global de gás natural e da sexta maior de petróleo. Este país possui economia fortemente influenciada por essa indústria, apresentando crescente protagonismo na geopolítica da energia e aumento da interação com países da América Latina, Ásia, Norte da África e Oriente Médio.
No cenário internacional, os primeiros meses de 2018 foram marcados por um aumento nos preços do petróleo tipo Brent que atingiu US$ 80/b em maio, influenciado pela manutenção do acordo de corte de oferta da Opep+, redução significativa na produção venezuelana, gargalos logísticos nos EUA e Canadá, maior percepção de risco devido à saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã e do aumento das tensões geopolíticas, além da perspectiva de crescimento da demanda mundial. A flexibilização da política de cortes da Opep+ e a eventual elevação da produção dos EUA podem não ser suficientes para suprir o aumento da demanda, o que ampliaria as incertezas e a volatilidade do mercado no curto prazo.
No Brasil, o êxito de duas rodadas de licitações (4ª Rodada de Partilha e 15ª Rodada de Concessão) e a divulgação da Oferta Permanente de blocos exploratórios reiteram os esforços dispendidos para a retomada do setor. Em relação ao downstream, após a oferta da Petrobras de dois clusters para investidores, discussões acerca da precificação dos combustíveis derivados de petróleo foram ampliadas em decorrência da paralisação nacional de caminhoneiros ocorrida no período.
4º Boletim de Conjuntura da indústria do Petróleo