Ocorreu nos dias 25 e 26 de outubro, em Lisboa, Portugal, a quarta edição do EVEx Lisboa. O evento contou com a participação do presidente Thiago Prado, e da diretora Heloísa Borges.
Com o tema "Transição Energética e Novas Tecnologias: De volta ao futuro da energia ibero-latino-americana", o evento proporciona oportunidade para um intenso diálogo ibero-latino-americano, para o compartilhamento de informações e conhecimentos em prol de uma transição energética sustentável e bem-sucedida.
Foram abordados temas como Transição Energética Justa, Descarbonização da Economia, Segurança de Abastecimento, Mercados de Carbono, o papel do Hidrogênio como acelerador da transição energética, o papel das eólicas offshore e da geração distribuída, o papel da indústria de óleo e gás na transição energética, estratégias de mobilidade, dentre outros.
O presidente Thiago Prado participou do painel de abertura com o tema Transição Energética e Novas Tecnologias: de volta ao futuro da energia ibero-latino-americana, ao lado de Alexandre Fernandes
Presidente da ENSE - Entidade Nacional para o Setor Energético, Bruno Veloso
Vice-Presidente do Conselho de Administração da ADENE - Agência para a Energia, Alexandre Ramos, Presidente da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Maria João Rolim, Sócia da Rolim Goulart Cardoso, e com moderação de Joana Garoupa, Diretora Geral da Garoupa INC.
Durante a palavra, Thiago Prado fala sobre o trabalho da EPE na estruturação de um banco de dados com projetos de hidrogênio renovável no Brasil, que conta com mais de 30 GW. Com oferta instalada predominantemente na região Nordeste a entidade busca agora unir empreendedores e compradores.
"O banco tem o objetivo de centralizar as iniciativas de grupos privados e os interessados em comprar essa energia, criando arranjos para conectar oferta e demanda", afirma.
A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, também destacou a importância do hidrogênio para a descarbonização da indústria num momento sobreoferta de energia
"O hidrogênio é a resposta-chave para a nossa equação. Sem hidrogênio não temos como crescer", disse Gannoum.
Além disso, para o próximo Plano de Desenvolvimento Energético (PDE 2033), previsto para ser lançado no segundo semestre de 2024, a instituição busca estudar os minerais críticos e a tecnologia do armazenamento.
Segundo Prado, o tema merece a atenção do planejamento para o entendimento dos carros elétricos uma vez que o Brasil possui grandes distâncias e abundância de recursos de biocombustíveis.
Durante o segundo dia do EVEx 2023, a Diretora Heloísa Borges participou do painel "Transição Energética na Indústria de Petróleo & Gás: integração com renováveis e geopolítica em tempos de guerra" ao lado de Mauricio Tolmasquim, Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Petrobras, Ana Serrano Oñate, Former Vice Presidente da Equinor, Sérgio Goulart Machado, Diretor de Hidrogênio e Biocombustíveis da Galp, Roland M. Stein Sócio da BLOMSTEIN, com moderação de Fernanda Delgado, Diretora Executiva da ABIHV - Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde.
Em sua fala, a diretora ressaltou as particularidades do Brasil, que já parte de uma matriz energética com substancial renovabilidade, mas também ressaltou que a energia atua como força-motriz para o desenvolvimento socioeconômico e equidade, tendo papel importante nas condições de vida da população. Nesse sentido, o acesso à energia e a amplitude da pobreza energética estão diretamente relacionados.
No contexto de mudanças climáticas, descarbonização e na transição por uma economia de baixo carbono, a forma e o uso da energia estão presentes nas agendas dos países e em suas políticas ambientais. E grande parte das nações, inclusive o Brasil, busca reduzir os custos energéticos e os riscos ao abastecimento de energia em seus territórios. Nesse contexto de combate a mudanças climáticas e busca por segurança energética e equidade, o papel do planejamento é cada vez mais fundamental.