Nos dias 25 a 26 de março de 2019, a Bloomberg New Energy Finance (BNEF) realizou o encontro de Nova York - principal fórum no mercado de energia, indústria, finanças e política - para discutir as perspectivas da indústria de energia na era da transição energética. Os temas abordados foram a competitividade das novas tecnologias, a necessidade de melhoria do arcabouço regulatório, a adequação do atual desenho de mercado, as perspectivas regionais de evolução do setor elétrico, entre outros.
O assessor da Presidência, Emílio Matsumura representou a EPE como palestrante em duas sessões do evento. A primeira foi a “Clean Energy Investment in Latin America: Key Markets at a Crossroads?”, no dia 25 de março, que reuniu cerca de 80 participantes. De acordo com o assessor, a discussão foi objetiva e dinâmica e mostrou que o Brasil está em posição de clara vantagem na atração de investimentos no contexto latino-americano: “Houve um interesse muito grande em relação ao anúncio do MME sobre o cronograma de leilões até 2021, além da perspectiva de significativa expansão da geração e transmissão no horizonte até 2027, de acordo com nossos estudos do PDE. Além disso, destaquei o papel das novas renováveis na estratégia de expansão do país, já que esse era o foco da sessão”.
A segunda foi a “Investment Opportunities in Brazil”, no dia 26 de março, que foi patrocinada pela APEX e Abinee. Participaram desta sessão mais três palestrantes, o Marco Poli (APEX), a Gabriela da Rocha (Shell New Energies) e o Carlos Barrera (Atlas Renewable Energy). De acordo com Emílio houve o questionamento sobre possíveis mudanças na política em geral e, especificamente, sobre o impacto no setor de energia, quanto o Brasil contrataria nos próximos anos, qual seria a parcela de renováveis na expansão e sobre perspectivas da Eólica Offshore, da Eletromobilidade e da Geração Distribuída.
“A discussão foi muito rica e, pela quantidade de perguntas que recebi, despertou bastante interesse. Alegaram que a participação da EPE tinha ajudado a dar uma boa perspectiva da evolução do setor e a mostrar que o Brasil oferece uma indicação consistente do volume de investimento no setor de energia nos próximos anos e, o que é mais importante, dentro de um quadro de regulação estável e com previsibilidade para investidores e financiadores. Houve também muita informação e troca de ideias que aconteceram durante os intervalos. Foi uma oportunidade mais informal de conhecer as perspectivas do setor elétrico no mundo”, contou o assessor.
Após o evento da Bloomberg, a Apex e a Abinee promoveram um matchmaking entre empresas brasileiras e norte-americanas. O encontro ocorreu no dia 27 de março, na parte da manha e cada empresa tinha 30 minutos para se apresentar. O objetivo era contribuir para uma discussão objetiva. “Foi uma experiência diferente. Eu tive a oportunidade de formar uma mesa com a Apex e dar um panorama sobre setor elétrico brasileiro”, relatou Emílio.