EPE e MME publicam novo caderno do PDE 2032: Oferta de Biocombustíveis

​O mais recente caderno do PDE 2032 apresenta projeções de oferta e demanda de biocombustíveis nos próximos dez anos, considerando o conjunto de políticas públicas que influenciam esse setor, como a diferenciação tributária em relação aos combustíveis fósseis, o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), o RenovaBio e o Programa Combustível do Futuro. A publicação apresenta estimativas para o etanol (cana-de-açúcar e milho), bioeletricidade a partir da cana, biogás, biodiesel, além dos novos entrantes como o diesel verde, o bioquerosene de aviação e combustíveis alternativos para uso marítimo. Aspectos relacionados ao mercado internacional, logística e investimentos também são contemplados.

As projeções da oferta de etanol consideram a cana-de-açúcar (primeira e segunda geração) e o milho, e alcançam 47 bilhões de litros em 2032. A demanda de etanol carburante atinge 43 bilhões de litros, sendo que o balanço associado se apresenta como positivo em todo o período decenal.

Sobre o potencial técnico de exportação de eletricidade proveniente do bagaço de cana-de-açúcar, o estudo indica um patamar de 6,0 GW médio no final do horizonte, podendo ser ampliado com a consideração de palhas e pontas.

A produção de biogás, a partir de biomassa residual da cana-de-açúcar (vinhaça, torta de filtro e de palhas e pontas), pode alcançar 35 bilhões de Nm3.

Em relação ao biodiesel, as projeções consideram o percentual de adição ao diesel B conforme estabelecido pela legislação vigente. A demanda alcança 12,1 bilhões de litros no fim do período de estudo e o óleo de soja mantém-se como a principal matéria-prima. A soma das capacidades produtivas e demandas regionais evidencia um balanço também positivo em todo horizonte de estudo.

Para outros biocombustíveis, destaca-se o bioquerosene de aviação, com produção consorciada com diesel verde (HVO), bionafta e bioGLP, para atendimento às metas internacionais estabelecidas, bem como combustíveis alternativos para o transporte marítimo.

Clique aqui para conhecer o Caderno "Oferta de Biocombustíveis" do PDE 2032  e para os demais já publicados acesse aqui.

 


Notícias Relacionadas

Resenha Mensal mostra crescimento de 3,4% em comparação com mesmo mês de 2022

30/05/2023 - A mais recente edição da Resenha mostra que o consumo nacional de energia elétrica foi de 44.693 GWh em abril de 2023, crescimento de 3,4% em comparação com mesmo mês de 2022, a maior taxa de expansão desde outubro de 2021.

Fact Sheet AAE e AAAS: possibilidades e limitações

26/05/2023 - O fact sheet apresenta aplicações e limitações da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) e da Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) com o objetivo de trazer transparência sobre essas ferramentas e informações sobre os dois estudos (EAAS) realizados.

EPE publica Caderno de Tecnologias de Geração

23/05/2023 - Empresa de Pesquisa Energética - EPE divulga a primeira edição do "Caderno de Tecnologias da Geração", que mostra a evolução das características técnicas dos projetos de geração centralizada cadastrados na EPE para os Leilões de Energia, incluindo as fontes eólica, solar fotovoltaica, hídrica (CGH e PCH) e termelétricas (a biomassa, gás natural, carvão etc.).

Lançamento do Fact Sheet sobre combustíveis sustentáveis de aviação.

23/05/2023 - O Fact Sheet sobre Combustíveis Sustentáveis de Aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF) tem como objetivo principal fornecer informações relevantes sobre o tema, com a apresentação de uma visão geral e de conceitos fundamentais, de forma visual e sintética. Em face dos acordos internacionais assinados pelo Brasil, a partir de 2027 o País deverá lançar mão de alternativas para reduzir os níveis de emissão de carbono do setor de aviação.

EPE divulga novo edital de bolsas para Cadastro Reserva da Fundação PTI

22/05/2023 - No contexto do acordo EPE-PTI, a EPE divulga o novo edital de bolsas para cadastro reserva diretamente pela Fundação PTI. Os cargos são de caráter remoto na área do Centro de Competência em Gestão Energética, na vaga de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – DTI II e III, em Hidrogênio e Recursos Energéticos Distribuídos.