Balanço Energético Nacional ressalta crescimento da renovabilidade da matriz brasileira

Houve aumento da oferta de energia hidráulica e redução do uso das usinas termelétricas a partir de combustíveis fósseis como gás natural, carvão e derivados de petróleo.

O Brasil aumentou a renovabilidade da Oferta Interna de Energia (OIE) e da Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) entre 2021 e 2022. O percentual de renováveis na OIE passou de 45,0% em 2021 para 47,4% em 2022, segundo o Relatório Síntese do Boletim Energético Nacional (BEN). O documento foi divulgado, esta semana, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). A publicação anual apresenta os principais dados sobre a contabilização da oferta, transformação e consumo final de produtos energéticos no Brasil.

Quanto à Oferta Interna de Energia Elétrica, a variação foi de 78,1% para 87,9%. Para este cálculo foi considerado, além do Sistema Interligado Nacional (SIN), os Sistemas Isolados e a Autoprodução não-injetada na rede. Considerando apenas o SIN, a renovabilidade da OIEE em 2022 foi calculada em 92%. Segundo a publicação da EPE, a variação positiva ocorreu devido ao aumento da oferta hidráulica no país, aliado à redução da geração termelétrica. 

A publicação também traz, pela primeira vez, o histórico da energia solar térmica, utilizada para o aquecimento de água, nos setores residencial, comercial e industrial. O crescimento da geração solar em 2022 foi destaque, tendo gerado 30.126 GWh, aumento de 80% em relação ao ano anterior.

Os dados ressaltados pela publicação, de maior participação de fontes renováveis na geração de energia elétrica, mostram como o Brasil tem avançado para reduzir ainda mais as emissões de carbono na geração elétrica brasileira, calculado em 61,7 Kg CO2-eq/MWh em 2022. O valor é cerca de seis vezes menor que o dos Estados Unidos e onze vezes menor que o da China, ambos em comparação ao ano de 2020.

Acesse no link a seguir o Relatório Síntese do BEN ano base 2022


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