Planejamento Estratégico da EPE (ciclo 2016-2019)

Planejamento Estratégico da EPE (ciclo 2016-2019) - Ano 2017

Planejamento Estratégico 2016-2019 – Ano 2017 

Balanço de 2017

O planejamento estratégico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) iniciou-se com o ciclo 2012-2015, aprovado pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração em janeiro de 2013. Pela complexidade que o estabelecimento de um maior nível de competência organizacional representava para a empresa, previu-se, que após sua implantação, deveria ocorrer um diagnóstico da sua execução com o objetivo de delinear possíveis alterações nos anos seguintes.

Logo após o encerramento do ciclo 2012-2015, a Diretoria Executiva indicou a necessidade de formação de grupo de trabalho (GT) para a construção do Planejamento Estratégico – Ciclo 2016-2019. Ao GT foram indicados representantes da Presidência e das demais diretorias da EPE.

Em maio de 2016, o trabalho de elaboração realizado até então teve que ser reavaliado em função de instrumentos regulatórios lançados no período, notadamente as resoluções da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). Em particular, a Resolução nº 17 tratou sobre planejamento estratégico e metas de desempenho, determinando que as empresas estatais deveriam possuir metas de desempenho empresarial vinculadas ao planejamento estratégico, as quais deveriam ser aprovadas e acompanhadas periodicamente pelo respectivo Conselho de Administração. Segundo a mesma resolução, os ciclos de planejamento não deveriam ser inferiores a três anos, com a possibilidade de revisões anuais. Adicionalmente, as resoluções estabeleciam o prazo de 180 dias a partir da sua publicação para entrar em vigência.

Outros dispositivos – o Acórdão TCU 2622/2015, a Instrução Normativa (IN) Conjunta MP/CGU nº1/2016 e a Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016 – também lançaram sobre o planejamento estratégico novas diretrizes, quais sejam: a presença de indicadores associados à gestão de aquisições, a integração da gestão de risco ao planejamento estratégico e a disponibilidade de informações relacionadas ao planejamento estratégico, tanto para o público interno como externo.

De modo a refletir as diretrizes da nova gestão, coube ao GT:

  • Reavaliar a necessidade de alteração da identidade empresarial.

  • Discutir e consolidar os novos objetivos estratégicos.

  • Revisar o mapa estratégico, compilando os objetivos estratégicos organizacionais, alinhados ao Plano Plurianual (PPA) 2016-2019 e às políticas e diretrizes da EPE vigentes.

  • Consolidar os projetos das áreas da EPE, identificando as principais metas e etapas para a consecução dos objetivos estratégicos estabelecidos.

  • Elaborar proposta de implementação e monitoramento do planejamento estratégico.

  • Como referência para a elaboração do planejamento estratégico da EPE, foram analisados os planejamentos estratégicos de instituições governamentais, com particular interesse naquelas ligadas ao setor de energia, tais como: IPEA, ONS, ANEEL, EMBRAPA e EIA (EUA).

A partir dessa análise e da avaliação de que os elementos centrais da identidade empresarial da EPE (missão, visão, negócio e valores essenciais) continuavam válidos, foram definidos os objetivos estratégicos.

Uma vez definidos os objetivos estratégicos, seus desdobramentos originaram as iniciativas estratégicas, as quais expressavam a forma pela qual os resultados almejados seriam alcançados, ou o "como seria feito". Em outras palavras, traduziam-se em como a EPE procuraria alcançar cada objetivo estratégico.

Alinhados às iniciativas estratégicas e, por consequência, aos objetivos estratégicos, foram especificados os projetos estratégicos. Por meio deles, que possuíam o propósito de detalhar mais ainda o "como fazer", a organização reuniu condições para que, com seu êxito, os objetivos estratégicos fossem plenamente atingidos.

A EPE optou por não fazer alterações na identidade empresarial definida pelo ciclo anterior, ao considerar que a missão, visão, valores e o negócio da empresa, mantinham-se adequados à conjuntura e cenário futuro.

Negócio. Constitui-se no ramo de atividade de atuação da EPE, qual seja, a realização de estudos e pesquisas para subsidiar a formulação e a implementação da política e do planejamento energético brasileiro.

Missão. Razão de sua existência, a missão da EPE é realizar estudos e pesquisas de alto nível de qualidade visando à busca contínua da excelência do planejamento energético.

Visão. A visão corresponde à situação almejada em um horizonte estabelecido. A visão da EPE é manter-se como referência do planejamento energético brasileiro e tornar-se referência mundial nos próximos 5 anos.

Valores. Os valores são os princípios a serem observados nas ações e condutas dos empregados e dirigentes. Constituem os valores da EPE: ética, iniciativa, criatividade, excelência técnica, comprometimento e cooperação, conforme detalhamento a seguir.

  • Ética. Em nossas ações, compromissos e relações em geral, consideramos essenciais a transparência, a impessoalidade, a isonomia e a não discriminação como fundamentos para nossa atuação visando um planejamento energético de excelência.

  • Iniciativa. Chamar a responsabilidade para si, com proatividade, buscando superar adversidades e desafios.

  • Criatividade. Cultivamos a capacidade de procurar formas alternativas de ver e examinar os fenômenos, procurando soluções inclusive inovadoras para as dificuldades e desafios enfrentados.

  • Excelência Técnica. Achamos importante atingir o estado da arte na geração e difusão do conhecimento, fazendo uso das melhores ferramentas e com o maior rigor técnico-científico, sendo reconhecido pelo alto nível de qualidade dos trabalhos elaborados.

  • Comprometimento. Alinhamo-nos à missão e visão da empresa, superando obstáculos e encarando os desafios como força motivadora para atingir os resultados esperados.

  • Cooperação. Cremos no esforço coletivo para resolver problemas e superar desafios. Achamos importante compartilhar metas e objetivos e cultivar a troca de conhecimentos e experiências.

As características peculiares da EPE, como uma organização geradora de conhecimento, possibilitaram a criação de um mapa estratégico customizado, diferenciando-se das tradicionais perspectivas do modelo padrão, a saber: aprendizado e crescimento, processos internos, clientes e financeiro.

Buscou-se um número de objetivos claros, de fácil comunicação e suficientemente abrangentes no intuito de tornar a EPE referência mundial no planejamento energético, voltada ao amplo diálogo com a sociedade e suas instituições, garantindo a excelência do seu quadro funcional, dentro dos preceitos de qualidade, transparência e celeridade dos seus trabalhos.

O mapa estratégico da EPE (Figura 1) apresentou, além da missão e visão, os objetivos estratégicos que seriam perseguidos no ciclo 2016-2019. Ressalta-se que os objetivos estratégicos foram definidos em alinhamento ao PPA 2016-2019, à diretriz estratégica de reforçar a capacidade interna da EPE e à sua identidade empresarial.



Figura 1. Mapa Estratégico da EPE (ciclo 2016-2019)

A cada objetivo estratégico, foram vinculadas as iniciativas para sua consecução e, a elas, por sua vez, foram associados um conjunto de projetos. Diferentemente do ciclo anterior, o número de projetos associados a cada iniciativa foi limitado pela falta de uma metodologia de análise de risco efetivamente implementada. Dessa forma, procurou-se estabelecer de maneira conservadora o número de projetos estratégicos, conforme indicado na Figura 2.


Figura 2. Planejamento Estratégico 2016-2019: Objetivos, Iniciativas e Projetos

A sistemática de reuniões trimestrais com a Diretoria Executiva para a análise dos resultados, a efetivação de ajustes e a tomada de providências foram mantidas para o ciclo 2016-2019, face aos ganhos que tal metodologia trouxe para a melhoria da gestão da EPE, permitindo a análise, por meio de indicadores de desempenho, do sucesso na consecução dos projetos propostos no planejamento estratégico, bem como possibilitando ajustes e correção de rumos para aqueles projetos com algum impedimento ou dificuldade.

Aplicados apenas aos projetos, os indicadores de desempenho continuaram, basicamente, sendo o cumprimento da data prevista de conclusão de cada uma das etapas dos projetos. Cada projeto, portanto, foi desmembrado em etapas, apresentando, sempre que possível, marcos trimestrais para acompanhamento pela Diretoria Executiva, derivando daí as respectivas avaliações com relação ao cumprimento dos prazos e identificando riscos e oportunidades para a sua execução.

Vale destacar que o PEI 2016-2019 foi aprovado pelo Conselho de Administração em dezembro de 2017. Dessa forma, não foram aferidos os resultados do ano de 2016. No entanto, ao final de 2017, foi realizado o primeiro balanço do PEI 2016-2019, onde foi constatado que a Diretoria Executiva da EPE não poupou esforços na execução dos projetos e iniciativas previstas no PEI e deu conhecimento ao Conselho de Administração das dificuldades que enfrentou para a execução desses projetos e iniciativas ao longo do ano de 2017.

As ações que não dependiam de entidades externas foram, em quase sua totalidade, completadas. Contudo, a EPE enfrentou um forte contingenciamento orçamentário em 2017, o que trouxe graves consequências, não só para a EPE, mas para a Administração Pública Federal como um todo.

Em resumo, tem-se que, dos 14 projetos incluídos no Planejamento Estratégico 2016-2019 para serem executados durante o ano de 2017, 8 foram concluídos, sendo que 6 dentro da meta e 2 com pequeno atraso, não trazendo prejuízos para a EPE. Além disso, 2 projetos foram parcialmente realizados, não tendo suas execuções interrompidas e continuaram a ser executados ao longo de 2018. No mais, 3 projetos foram interrompidos, sendo 2 deles por não atendimento de uma importante premissa dos projetos (disponibilização do SEI) e 1 deles por contingenciamento orçamentário. Por fim, 1 projeto foi cancelado, por motivações técnicas e inviabilidade econômica e ambiental, a curto e médio prazos.

Planejamento Estratégico da EPE (ciclo 2016-2019) - Ano 2018

Em 2 de junho de 2017, por meio da Resolução de Diretoria RD nº 02/414ª, foi aprovada a criação de dois comitês e seus respectivos regimentos internos interligados, cujas competências também perpassaram por deveres e responsabilidades interligadas com o Planejamento Estratégico Institucional (PEI). São eles: o Comitê Estratégico de Governança, Riscos, Integridade e Controles Internos (CGRIC-E); e o Comitê Executivo de Gestão Estratégica (CGE-X).

Observando-se o disposto no inciso XVIII, do art. 2º do Regimento Interno aprovado do CGE-X, competia ao CGRIC-E aprovar o Plano Estratégico Institucional, bem como outros instrumentos de planejamento previstos no regimento interno ou na legislação. Assim, este comitê aprovou a proposta de aperfeiçoamento do PEI 2016-2019 em sua reunião ordinária, realizada em 15 de dezembro de 2017. Em seguida, em 22 de dezembro de 2017 o Conselho de Administração da EPE também a aprovou. Este documento foi intitulado, na ocasião, de Plano de Negócios 2018.

A implantação do planejamento estratégico na EPE se traduziu em vantajosos ganhos para a organização.  A avaliação periódica de seus objetivos estratégicos, refletidos nas iniciativas e metas, promoveu significativa mudança no planejamento e execução dos trabalhos por parte das equipes, aperfeiçoando processos e procedimentos operacionais na busca por melhores resultados e maior eficiência.

Neste ciclo de aperfeiçoamento do plano, ainda dentro do ciclo 2016-2019, garantiu-se um alinhamento dos objetivos e metas institucionais com os objetivos e metas do governo como um todo, com o MME e com os principais agentes interlocutores do mercado. Os objetivos foram revistos, assim como as iniciativas estratégicas, indicadores e metas visando reforçar a capacidade interna, aperfeiçoar a gestão e a operação organizacional, esmerando a EPE atingir patamares cada vez mais elevados de excelência em sua atuação, de modo a tornar-se referência mundial no planejamento energético.

No entanto, o Planejamento Estratégico Institucional Ciclo 2016-2019 estava longe de ser um documento estratégico. Ele estava focado na gestão. Nesse sentido, coube ao CGRIC-E:

  • Reavaliar a necessidade de alteração da identidade empresarial – negócio, missão, visão e valores;

  • Reavaliar os objetivos estratégicos para o ciclo 2016-2019, culminando com a revisão do Mapa Estratégico, assegurando-se de manter o alinhamento ao PPA 2016-2019 e às políticas e diretrizes da EPE vigentes;

  • Reavaliar todo o conjunto de iniciativas estratégicas, indicadores e metas, para a consecução dos objetivos estratégicos estabelecidos; e

  • Propor nova forma de composição dos documentos estratégicos da empresa.

Como referências para o processo de aperfeiçoamento do planejamento estratégico foram analisados os planos estratégicos de outras instituições governamentais, tais como IPEA, ANEEL e ONS. Também buscou-se garantir um maior alinhamento com os objetivos e estratégias do MME, observando-se o trabalho apresentado em 2017.

Além disso, os aprimoramentos visaram adequar a empresa aos preceitos da Lei de Responsabilidade das Estatais, ou seja, a Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, dando uma reposta às necessidades de aperfeiçoamento da Governança da empresa, garantindo-se, assim, o atendimento de premissas básicas de transparência e divulgação, responsabilidade corporativa e sustentabilidade, Integridade, controle e competência.

Vale destacar que, ao longo de 2017, a Assessoria de Governança, Riscos, Integridade e Controles Internos, responsável pela Presidência do CGE-X, foi dotada de ferramental teórico para a concretização do trabalho. Adicionalmente, foi também formado um grupo de trabalho que transformou e criou a proposta de aperfeiçoamento do Planejamento Estratégico Ciclo 2016-2019 - Mapa, Iniciativas, Indicadores e Metas Estratégicas que foi submetida à aprovação do Conselho de Administração.

Foram revistas a missão, visão e objetivos estratégicos, assim como as iniciativas, indicadores e metas estratégicas, visando reforçar a capacidade interna, aperfeiçoar a gestão e a operação organizacional, com o objetivo de a EPE atingir patamares cada vez mais elevados de excelência em sua atuação, de modo a tornar-se referência mundial no planejamento energético.

Negócio. Constitui-se no ramo de atividade de atuação da EPE, qual seja, a realização de estudos e pesquisas para subsidiar a formulação e a implementação da política e do planejamento energético brasileiro.

Missão. Realizar estudos e pesquisas de alto nível de qualidade visando subsidiar o planejamento energético.

Visão. Manter-se como referência do planejamento energético brasileiro e tornar-se uma referência mundial.

Valores Organizacionais. Foram mantidos a ética, a iniciativa, a criatividade, a excelência técnica, o comprometimento e a cooperação.

O Mapa Estratégico, por sua vez, seguindo a lógica do Balanced Scorecard (BSC), trouxe uma novidade para o planejamento estratégico da EPE, que foi a divisão dos 10 objetivos estratégicos em 4 perspectivas, a saber: clientes; processos; pessoas, aprendizado e crescimento; e recursos. (Figura 3)



Figura 3. Mapa Estratégico da EPE (ciclo 2016-2019) – Ano 2018

Tal aperfeiçoamento provocou grandes mudanças, sendo a principal delas que a EPE passou a ter 2 documentos de planejamento. O primeiro deles é o próprio PEI, com uma visão puramente estratégica, sob supervisão do Conselho de Administração, e o outro é o Plano Diretor Institucional (PDI) Ciclo 2018–2019, de caráter tático, coordenado pela Diretoria Executiva, que contém os projetos que colaboraram para o atingimento dos objetivos do negócio e o alcance das metas estratégicas. (Figura 4)


Figura 4. Estrutura do Planejamento Estratégico – Ciclo 2016-2019 – Ano 2018

Os 10 objetivos, por sua vez, foram abertos em 21 iniciativas, que deveriam ser desmembradas em ações e, estas, em projetos, no âmbito do PDI 2018-2019. Além disso, os objetivos e iniciativas estratégicas deveriam ser monitorados por meio de 28 indicadores e metas estratégicas pelo Conselho de Administração, no âmbito do PEI 2016-2019.

Nota-se que, para cada iniciativa estratégica, foram definidos indicadores e metas para o biênio 2018-2019, como pode ser apreciado na Figura 5 a seguir.


Figura 5. Inciativas, Indicadores e Metas Estratégicas associados ao Objetivo Estratégico "Fortalecer a EPE como empresa de referência na elaboração dos estudos e pesquisas que subsidiam o Planejamento Energético Brasileiro"

Vale também destacar que a coordenação do PEI, percebendo a carência de sistemas de gestão de projetos e de monitoramento do Planejamento Estratégico, desenvolveu, ao longo de 2018, modelos que suprissem estas necessidades.

O ano de 2018 encerrou com um excelente resultado dos indicadores estratégicos. De um total de 28 indicadores, 20 performaram acima de 85%, 7 não foram aferidos tendo em vista que a execução das ações previstas no plano que impactavam estes indicadores ficou para o exercício de 2019 e apenas um indicador performou abaixo de 60%.

Dessa forma, o Conselho de Administração da EPE concluiu que o PEI 2016-2019, Ano Base 2018, cumpriu com seu objetivo de viabilizar o cumprimento da missão institucional e permitir que a EPE, ao longo de 2019, caminhasse na direção do atingimento de sua visão estratégica. Além disso, destaca-se que o processo de monitoramento e análise final foram importantes instrumentos de tomada de decisão e acerto de direção, por parte da alta administração, permitindo que mudanças de rumos e estratégias se dessem no devido tempo e de forma oportuna e eficaz.

Plano Diretor Institucional (ciclo 2018-2019) - Ano 2018

Plano Diretor Institucional 2018-2019 – Ano 2018 

Mapa Estratégico Completo 2016-2019 – Ano 2018 

Balanço de 2018 – Sumário Executivo 

Balanço de 2018

O Conselho de Administração da EPE, em dezembro de 2017, aprovou a proposta de aperfeiçoamento do Planejamento Estratégico Institucional (PEI) Ciclo 2016-2019, separando, conforme apresentado na Figura 4, o planejamento estratégico da empresa em duas dimensões: uma tática e outra estratégica. Nasceu, assim, o Plano Diretor Institucional 2018-2019, coordenado pela Diretoria Executiva da EPE

Dessa forma, para que se pudesse mover a empresa em direção aos objetivos aprovados pelo Conselho de Administração, o Presidente e os Diretores da EPE precisaram desenvolver um conjunto de ações estratégicas, ou seja, uma carteira de programas, projetos e operações no PDI 2018-2019, concebidos em alinhamento ao PEI, e que, sendo executados com sucesso, acreditava-se que afetariam positivamente os indicadores estratégicos definidos pelo Conselho quando da aprovação do Plano de Negócios para 2018.

Estas ações estratégicas, por sua vez, seriam avaliadas e monitoradas pela Diretoria Executiva em termos de realização do escopo, cronograma e orçamento.

Nota-se que a vantagem desse arranjo foi de conferir flexibilidade para que a administração da empresa pudesse responder com agilidade sobretudo às demandas do Ministério de Minas e Energia (MME), ditadas pela agenda da Política Pública. Nesse sentido, seria possível, em determinadas janelas, repriorizar programas e projetos para ampliar o impacto nos objetivos e indicadores estratégicos e, em última instância, aos clientes da empresa e sociedade em geral. Este modelo de gestão estratégica foi desenvolvido e customizado para a natureza específica do negócio da EPE e representou um salto de qualidade em direção a uma cultura de resultados.

Assim, as 21 iniciativas do PEI 2016-2019 foram desdobradas em 46 ações estratégicas, que levaram à estruturação de uma carteira de 92 projetos estratégicos, que seriam executados ao longo de 2018 e 2019, com vistas ao atingimento dos objetivos estratégicos definidos pelo Conselho de Administração para este ciclo, conforme pode ser observado na Figura 6. Estes projetos foram estão monitorados por meio de 92 indicadores e metas operacionais, relativos ao cumprimento dos cronogramas previsto.



Figura 6. Projetos Estratégicos do Plano Diretor Institucional 2018-2019 – Ano Base 2018

O CGE-X utilizou uma metodologia de monitoramento dos projetos sob duas óticas: Desvios de Planejamento e Indicadores de Performance Operacionais. Os Desvios de Planejamento podem ser considerados como desvios entre o planejado e realizado e são observados em três principais pontos de vista do projeto: escopo, cronograma e orçamento. Qualificou-se, assim, com notas de 1 até 5, sendo:

  1. Desempenho Totalmente Abaixo do Planejado
  2. Desempenho Parcialmente Abaixo do Planejado
  3. Desempenho Conforme Planejado
  4. Desempenho Conforme Planejado
  5. Desempenho Totalmente Acima do Planejado

O resultado consolidado da execução destes projetos estratégicos foi:

  • 15 projetos concluídos dentro do prazo estimado;
  • 45 projetos em fase de implementação com ou sem atrasos que afetavam sua conclusão dentro do prazo estimado;
  • 13 projetos em fase de implementação com atrasos que afetavam sua conclusão dentro do prazo estimado. No entanto, estes atrasos não comprometiam seu encerramento até 31/12/2019;
  • 6 projetos em fase de implementação com atrasos que afetavam sua conclusão dentro do prazo estimado. Os atrasos comprometiam seus encerramentos até 31/12/2019; e
  • 13 projetos não iniciados, com início programado ainda para o ciclo corrente, ou seja, o ano de 2019.

Planejamento Estratégico da EPE (ciclo 2016-2019) - Ano 2019

Planejamento Estratégico Institucional 2016-2019 – Ano 2019 – Sumário Executivo 

Mapa Estratégico Completo 2016-2019 – Ano 2019 

Balanço de 2019 – Sumário Executivo 

Ao final de 2018, quando da aprovação do Plano de Negócios de 2019, o Conselho de Administração ratificou o Planejamento Estratégico Institucional (PEI) 2016-2019, vigente em 2018, e determinou a mudança no enunciado do objetivo estratégico de "Prestar serviços com fins comerciais" para "Captar recursos não orçamentários". Tal alteração foi proposta em função da inviabilidade identificada pela Diretoria Executiva de alcance deste objetivo, uma vez que as ações nesse sentido põem em risco a isonomia da empresa, assim como aumentam as despesas tributárias da EPE, sem a devida contrapartida financeira. Esta mudança teve repercussão tanto nas iniciativas, quanto indicadores e metas estratégicas vinculadas ao objetivo estratégico.

A Figura 7 apresenta o Mapa Estratégico da EPE para o último ano do ciclo 2016-2019 do PEI, com a alteração do objetivo estratégico 3.


Figura 7. Mapa Estratégico da EPE (ciclo 2016-2019) – Ano 2019

Apesar da mudança da gestão ocorrida em 2019, houve a continuidade das ações que foram planejadas para o ano, o que refletiu em um excelente resultado, onde 87% dos indicadores estratégicos ficaram acima de 85% da meta definida pelo Conselho de Administração, onde 20 dos 30 indicadores bateram a meta e 6 tiveram performance acima de 85%. No entanto, 2 indicadores performaram abaixo de 60% e outros 2 tiveram performance entre 60 e 85%, conforme destacado nas Figuras 8 e 9.


Figura 8. Síntese dos Resultados dos Indicadores Estratégicos do PEI 2016-2019


Figura 9. Performance dos Resultados dos Indicadores Estratégicos do PEI 2016-2019

Plano Diretor Institucional (ciclo 2018-2019) - Ano 2019

Plano Diretor Institucional 2018-2019 – Ano 2019

Mapa Estratégico Completo 2016-2019 – Ano 2019

Balanço de 2019 – Sumário Executivo

Tendo em vista mudança mencionada em um objetivo estratégico e a conclusão em 2018 de 17 projetos do PDI 2018-2019, a Diretoria Executiva reavaliou os projetos estratégicos que fizeram parte do plano. Nesse sentido, entendendo que 13 delas perderam sentido em 2019 ou necessitaram de repriorização, foram retiradas do PDI 2018-2019. No entanto, 4 novos projetos passaram a integrar o plano. Nesse sentido, o PDI 2018-2019 passou a contar, em 2019, com 66 projetos, dispersos entre as 5 diretorias da EPE, como se observa na Figura 10.


Figura 10. Recomposição do Plano Diretor Institucional 2018-2019 – Ano Base 2019

Assim, os 10 objetivos estratégicos, desdobrados em 21 iniciativas estratégicas no PEI 2016-2019, levaram à identificação de 35 ações estratégicas no PDI 2018-2019, que se desdobraram nos 66 projetos mencionados, conforme detalhados na Figura 11.


Figura 11. Projetos Estratégicos do Plano Diretor Institucional 2018-2019 – Ano Base 2019

Por fim, é importante destacar que 64% dos projetos foram concluídos em 2019 e outros 17% tiveram performance acima de 85%. Na análise do escopo, cronograma e orçamento, nota-se que 30% dos projetos tiveram o cronograma impactado, 8% estouraram o orçamento e 19% tiveram o escopo ampliado, conforme pode ser observado na Figura 12. Os fatores que mais contribuíram para a inconclusão do Plano foram as priorizações de atividades, diversos fatores externos alheios ao controle da empresa, o contingenciamento orçamentário, questões relacionadas ao processo de contratação e mudanças de escopo que ocorreram durante a execução dos projetos estratégicos.


Assim encerraram os ciclos 2016-2019 do PEI e 2018-2019 do PDI, abrindo espaço para um novo ciclo quadrienal.