Planejamento da Expansão

​A EPE realiza estudos de apoio à expansão da geração do Sistema Interligado Nacional (SIN) e dos Sistemas Isolados. Praticamente todo o setor elétrico está interligado, remanescendo menos de 1% do consumo total do país em Sistemas Isolados.

Geração no SIN

Com a maior inserção de fontes de geração não controlável (ex.: eólica e solar) e a redução da capacidade de regularização nas usinas hidrelétricas frente ao crescimento da carga, novos paradigmas para o planejamento e operação do sistema são vislumbrados. Essa nova configuração exige ações que, até então, não eram necessárias, como a expansão da oferta com fontes específicas para a complementação de potência. Além dessas mudanças, novas características são esperadas para o futuro próximo, como a maior participação do consumidor no mercado de energia, atuando também como gerador. 

Nesse contexto, os estudos de planejamento da expansão da geração são fundamentais para a antecipação de ações, permitindo que o sistema absorva e se adapte às novas tecnologias, mantendo um atendimento seguro, econômico e socioambientalmente sustentável.

Os estudos para planejamento da expansão da oferta de energia elétrica têm como objetivos principais:

  • Indicar a composição ótima do parque gerador futuro que atenda ao crescimento da demanda por energia elétrica, respeitando os aspectos socioambientais e os critérios de risco de suprimento, ao menor custo global;
  • Avaliar as condições de atendimento futuro, indicando medidas a serem tomadas para avanços metodológicos, operacionais e regulatórios;
  • Apontar, quando necessário, ações que permitam o restabelecimento das condições de equilíbrio estrutural.

Diversos outros temas associados ao planejamento da expansão também são estudados pela EPE tais como: Custo Marginal de Expansão, Custo do Déficit, Mecanismos de Aversão ao Risco, Critério de Garantia de Suprimento.

Geração em Sistemas Isolados

Os sistemas isolados localizando-se, principalmente, na região Norte do país, além do interior do Mato Grosso e Fernando de Noronha, totalizando cerca de 250 localidades em 2016. Dentre as capitais, Boa Vista (RR) é a única que ainda faz parte do Sistema Isolado.

O atendimento à demanda dos sistemas isolados é realizado principalmente por usinas a diesel, sendo a EPE, em conjunto com MME e ONS, responsável pelo planejamento da sua expansão.

Anualmente, os agentes de distribuição de energia elétrica, localizados nos sistemas isolados submetem o planejamento do atendimento dos mercados dos sistemas isolados para aprovação do MME com o apoio da EPE. A EPE recebe a previsão de mercado para os próximos dez anos das distribuidoras que atuam nesses sistemas e após a consolidação dessas informações, é analisado o balanço de energia e demanda por localidade. A verificação de balanço de energia negativo, ou seja, quando há desequilíbrio entre oferta e consumo, sem que haja previsão de interligação para a localidade, é o indicativo para a necessidade de realização dos leilões do Sistema Isolado.

A licitação é realizada direta ou indiretamente pela ANEEL, em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo MME. A EPE é responsável pela habilitação técnica das soluções de suprimento apresentadas pelos agentes interessados em participar dos leilões.