Coronavírus, queda de demanda abrupta, modernização do setor elétrico, habilitação de projetos para
leilões de energia e muitas doses de método fazem parte desse momento
Por MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP)
Dados e mais dados. É assim que os técnicos responsáveis pelo planejamento do setor elétrico
nacional se veem nesse momento. Uma verdadeira imersão em informações que vão desde
indicadores econômicos, oscilações da demanda, expansão da matriz e que chegam até mesmo ao
comportamental do consumidor de energia e suas tendências no longo prazo.
Essa é a descrição do atual ambiente que circunda a Empresa de Pesquisa Energética em meio à
atividade de construção de cenários para a elaboração do PDE 2030. Já não bastasse essa
complexidade há novos ingredientes, potencializados pela crise sanitária que deixa reexos
econômicos e reverberações óbvias no consumo de energia elétrica no país, como tem-se visto desde
a segunda quinzena de março.
Em entrevista à Agência CanalEnergia, concedida na semana seguinte à divulgação da primeira
revisão quadrimestral da carga em 2020, o presidente da EPE, Thiago Barral, traça um panorama do
atual momento para o planejamento da matriz energética brasileira diante desses desaos. Além de
todas as atribuições do dia a dia a empresa se vê em meio aos estudos visando a modernização do
setor. Nas palavras do executivo, as ações têm como meta subsidiar o Poder Concedente com as
informações mais precisas possíveis para a adoção de uma política energética assertiva.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista concedida via teleconferência pelo executivo em
função das medidas de distanciamento social para combate à pandemia de covid-19.
Entrevista - Reportagem Especial CanalEnergia
Fonte: CanalEnergia