O consumo nacional de energia elétrica foi de 42.763 GWh em novembro de 2022, crescimento de 2,1% em comparação com mesmo mês de 2021. A classe residencial (+4,7%) puxou a alta, seguida pela classe comercial (+3,2%), enquanto a indústria (+0,1%) experimentou estabilidade no consumo. No acumulado em 12 meses o consumo nacional registrou 508.120 GWh, alta de 1,3% em comparação ao período imediatamente anterior.
Com 15.367 GWh em novembro de 2022, a classe Industrial (+0,1%) teve consumo estável em relação a novembro de 2021. A expansão do consumo industrial nas regiões Nordeste (+9,2%) e Norte (+4,8%) asseguraram a estabilidade, uma vez que Sul (-2,3%), Sudeste (-2,0%) e Centro-Oeste (-0,8%) retraíram no período. Seis dos dez ramos mais eletrointensivos da indústria aumentaram seus consumos. Metalurgia (+120 GWh; +3,3%) liderou, com expansão puxada pela cadeia do alumínio primário no Maranhão, principalmente, e no Pará. Porém, a queda na produção siderúrgica nacional atenuou a alta no consumo de eletricidade na metalurgia. Ainda se destacaram: a fabricação de produtos alimentícios (+44 GWh; +2,2%), onde as altas nas exportações, principalmente de carne bovina e açúcares e melaços, podem ter contribuído para o resultado; e a fabricação de produtos de borracha e material plástico (+22 GWh; +2,6%). Por outro lado, apresentaram as maiores quedas no consumo de eletricidade, entre os mais eletrointensivos da indústria: fabricação de papel e celulose (-24 GWh; -3,1%), devido principalmente ao efeito estatístico da alta base de comparação com novembro de 2021, quando uma grande unidade autoprodutora, com seu turbogerador em parada de manutenção, consumiu mais eletricidade da rede; fabricação de produtos têxteis (-28 GWh; -4,7%) e fabricação de produtos minerais não-metálicos (-32 GWh; -2,6%), os dois últimos com queda no consumo de eletricidade em linha com comportamento da produção nos respectivos ramos. O consumo de eletricidade da classe residencial foi de 12.953 GWh em novembro de 2022, alta de 4,7% em comparação ao mesmo mês de 2021.
O consumo das residências apresentou expansão em relação ao mês de outubro de 2022. O clima mais seco pode ter contribuído para o crescimento do consumo das residências. Assim como o frio extremo com a ocorrência de geada, principalmente no Sul, pode ter influenciado no uso de equipamentos de aquecimento de ambiente. Todas as regiões registraram crescimento no consumo: Nordeste (+5,2%), Centro-Oeste (+5,0%), Sudeste (+4,9%), Norte (+4,3%) e Sul (+3,1%). Entre os Estados da Federação, os maiores acréscimos da taxa ocorreram no Espírito Santo (+18,0%), Maranhão (+13,2%), Acre (+9,7%), Pará (+9,4%), Tocantins (+8,6%), Mato Grosso (+8,1%), Goiás (+7,9%), Bahia (+7,2%) e Distrito Federal (+6,8%). Um programa de redução de perdas aplicado pela distribuidora local do Maranhão e Pará continua influenciando de forma positiva o consumo nesses Estados. Enquanto isso, Amapá (-33,2%), Mato Grosso do Sul (-9,0%), Roraima (-0,8%) e Rio Grande do Norte (-0,2%) foram os únicos que tiveram queda no consumo.
A classe comercial consumiu 7.721 GWh em novembro de 2022, elevação de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. O bom desempenho do setor de serviços e, em menor grau, do setor de vendas no varejo influenciaram na variação positiva do consumo da classe comercial. De acordo com os últimos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE), o setor de serviços cresceu 9,5% em outubro desse ano, em comparação ao mesmo mês do ano passado. E o setor de vendas varejo (PMC/IBGE) avançou 2,7% no mesmo período. O setor de vendas de combustíveis e lubrificantes; livros, jornais, revistas e papelaria; equipamentos e material para escritório informática e comunicação; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foram os que mais podem ter favorecido o aumento do consumo da classe. Com exceção do Nordeste (-1,0%), Norte (+5,3%), Sudeste (+5,0%), Centro-Oeste (+4,5%) e Sul (+0,5%) anotaram elevação do consumo de energia elétrica da classe. Entre as Unidades da Federação, os maiores destaques na expansão no consumo no mês foram: Mato Grosso do Sul (+18,2%), Tocantins (+9,3%), Minas Gerais (+7,7%), Espírito Santo (+6,9%), Amazonas (+6,6%), Pará (+6,2%) e Goiás (+5,9%). Por outro lado, os estados que tiveram taxas negativas de consumo foram: Maranhão (-11,3%), Amapá (-8,4%), Rio Grande do Norte (-3,7%), Ceará (-2,9%), Rio Grande do Sul (-2,7%), Sergipe (-2,5%), Mato Grosso (-1,4%), Alagoas (-0,7%) e Paraná (-0,1%).
Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou crescimento de 3,2% no consumo do mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica aumentou 1,5%.
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