Os preços do óleo diesel nacional devem continuar elevados em 2024, reduzindo-se pouco em relação a 2023, mas ficando abaixo dos preços recordes do óleo diesel registrados em 2022. Internacionalmente, os preços do petróleo e do óleo diesel continuarão pressionados pelos cortes da Opep+, pelo aumento da demanda de óleo diesel, e pelos desafios de uma eletrificação da frota mundial, incluindo a limitação de substituir o uso do diesel em setores de difícil descarbonização.
A demanda de óleo diesel do Brasil também deve continuar elevada, com a melhora na economia coincidindo com a expansão do agronegócio e com a recuperação da construção civil. Nesse contexto, o Brasil continuará importador desse derivado de petróleo, valorizado no mercado internacional.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com o objetivo de dar suporte à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em sua previsão orçamentária da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), elabora uma projeção específica dos preços a serem pagos pelos geradores dos Sistemas Isolados e usinas da Região Sul. Os preços pagos por esses geradores tendem a manter seus patamares em 2024, apesar da redução dos preços internacionais. A recuperação dos tributos compensa parcialmente a redução projetada para os preços de biodiesel e de realização do diesel de origem fóssil. Além disso, os custos logísticos tendem a incrementar o ônus sobre o combustível fornecido às regiões mais remotas, como é o caso das localidades pertencentes aos Sistemas Isolados.
Esses patamares de preços impactarão o orçamento para a CDE em 2024, com reflexos, inclusive, na conta de eletricidade dos usuários do Sistema Interligado Nacional.
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